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Minimalismo, um manifesto.

 Música para leitura:  Silent Flight, Sleeping Dawn - MONO Minimalismo, um manifesto. Mínimos, pois somos pequenos e insignificantes perante o universo, e nesta tanta insignificância, não gastaremos nosso tempo com coisas supérfluas e irrelevantes. Mínimo, pois queremos minimizar os impactos negativos nas nossas vidas. Mínimo, pois queremos minimizar os grilhões da sociedade e libertar nossas almas para o que realmente desejamos criar: Nós mesmos. Minimalistas, pois queremos maximizar os afetos, os desejos, os objetivos e os sonhos, e lutar por esses sonhos, crer arduamente nestes sonhos, com a capacidade de realiza-los, e não os manipular ou ser manipulado por eles. Queremos expandir nosso espaço, dançarmos nos quartos, já sem entulhos, nos olharmos no espelho, encarar-nos no fundo dos olhos e gritarmos para todos ouvirem aquela felicidade de finalmente estarmos confortáveis com nós mesmos. De termos espaço fora de uma sociedade do consumo que nos enjaula, de todo quarto va...

Quem tem tempo de sofrer? - [Crítica Arcane - 2º Temporada] - Reflexões sobre relações e violência.

Eu nunca me permiti fazer críticas literárias ou de filmes, dificilmente acho uma obra realmente ruim, ou coloco elas numa linha, acabo dando mais valor a experimentação e ao momento, também nunca me permiti a escrita deste gênero por não acreditar que eu tenha um valor crítico, contudo, entro em discussões recentes e acompanho algumas críticas que me fizeram permitir, junto com a quase conclusão do curso de psicologia, pelo menos um ensaio. A literatura desempenha um papel fundamental na constituição da subjetividade humana, permitindo explorar emoções, pensamentos e experiências profundas. Desde as tragédias gregas, como "Édipo Rei" e "Antígona", até os grandes contos modernos e contemporâneos, como "A metamorfose" e "1984", a literatura nos apresenta personagens e narrativas que refletem e moldam nossa compreensão de nós mesmos. A literatura não apenas reflete a realidade, mas também a transforma, influenciando nossa forma de ver o mundo e n...

Isto também há de passar [Impermanência]

Quando eu era ainda adepto ao budismo, ou pelo menos, mais próximo de acreditar nele, tal como um católico acredita no catolicismo, desbravei algumas religiões e escrituras orientais próximas. Agradeço a Buda tal por todas as forças que me deu em dias diferentes, hoje já não sei se passo de um agnóstico discreto, ou alguém muito esperançoso para achar algo no que acreditar, mas ainda escuto uma voz do Budismo que é muito forte. Nessa viagem espiritual, tive contato com Rumi, um filósofo e poeta do Sufismo, religião oriental, vertente do Islã, a maioria das pessoas conhece por trajes e danças típicos que já apareceram muito na mídia e em filmes, só não fizeram a correlação direta com o nome da religião. O Sufismo é extremamente lindo no pouco que conheci sobre ele, apesar de todo nosso preconceito como ocidentais sobre toda religião oriental e as falas comuns problematizando algumas escolhas dos países, tive o prazer de ser introduzido (num livro budista, por ironia) a um conto do su...

kaue

talvez seja de mim para eu o maior caos já criado em mim eu já sei, sobre tudo que falei tudo é parte de mim, escritos ta bom, eu já sei, sei muito bem, até demais que as coisas não estão como pensamos que os versos desse livro não são os melhores eles perderam a métrica ,tal como a vida já perdi muita coisa, espero não perder você espero porque eu sei o que sinto, só não sei não sei muito bem como expressar e resolver cada peça do quebra cabeça, quebro outras eu sou bem egoísta, talvez quem sabe querer ter tudo e ficar sem querer nada só que parecia muito, muito mais fácil cicatrizar o que nunca corta

eu também

é eu também

Para onde foram os canivetes?

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          O ano é 2014 e a internet ainda está repleta dos Emos, Cosplayers, Otakus (não que hoje não os tenha). O Facebook era a rede social mais usada, o Minecraft estava em todos os cantos da Internet, o Youtube era um palco em descobrimento.. As políticas eram diferentes, as pautas eram outras e o universo se movia de forma estranha. Havia, entretanto, um nicho específico na internet, que transpassa as subculturas nomeadas acima, as piadas com a automutilação . Era frequente, em grandes grupos, a ridicularização de jovens (normalmente inseridos entre 12 a 18 anos, do sexo feminino, introvertidas, principalmente no ensino médio), a assimilação do isolamento, a má compreensão da depressão no convívio social, a ainda não madura, mas germinante, discussão sobre sociabilidade no meio educativo, isolavam garotas e garotos que cortavam os pulsos em um grupo de “dramáticos”, “emos”, “tristes”, “isolados”, “mal comidos”, entre demais formas ofensivas. Era um “me...

O único caminho

Desistir, às vezes, é o melhor caminho [ou talvez o único]. Se permita, vez ou outra: Fracassar. Desistir. O mundo é igualmente real aos teus sentimentos - não há melhor ou pior nessa situação - o que você sente, existe, tanto quanto o que existe é sentido por você. Cada história de vida permitiu, Um romance inacabado. Uma demissão desconfortável. Um trabalho sem sentido. Um amigo ausente. Um sonho inalcançável. Uma despedida não-dita. Um acontecimento distante. Um colega falecido. Um filme sem continuação Um livro manchado. Uma carta sem destino. Um sexo de desprazer. Uma noite mal dormida. Um jantar que esfriou. Um ponto de encontro esquecido. Um beijo não feito. Um quebra cabeça que faltou uma peça. Alguns olham para a lista e vêem como um checklist, outros parecem evitá-la, o grande segredo não é nem um, nem outro, mas vivê-los, caso ocorram, com intensidade, sobretudo viver não apenas esperando que ocorram. Saber quando desistir, saber quando seguir, saber quando segurar com força...

Complicado

Falar sobre isso é complicado. Falar sobre tudo é complicado. Falar qualquer coisa já é bem complicado por si. Falar é complicado. Ando pensando que tem tanta coisa guardada no peito, de uma raiva explosiva, que somente um divã na análise não é suficiente, levaria meu analista à força e provavelmente seu consultório à combustão. Espantei-me como não tinha me espantado já há décadas, o medo de perder se materializou em minha frente, não tive saudades e já não o via há pelo menos uma década. Culpa minha, que herdei de minha família a genética do “não-medo-da-morte”, que já não sei em que cromossomo se localiza, mas com certeza veio de algum erro genético, pois é inatural e insalubre até para mim. Tive medo de perdê-lo uma vez e agora o medo está de mãos dadas comigo andando nas ruas, nas palavras e nos trechos falando “Está tudo bem com a minha presença por aqui, é normal”. E puta merda! É natural mesmo! Minha ansiedade perdeu as contas de quantas paranóias inventou nestas últimas 168 ho...