Da obra prima ao fracasso – Por que não sentimos medo com o terror literário?
Todo mundo já ouviu alguém falar “O filme desse livro é uma #!*$” e muitas vezes nós mesmos criamos as conclusões de que uma obra literária é MUITO mais detalhada do que 2h30m de filme. De certo ponto, não podemos culpar um produtor cinematográfico de não conseguir encaixar tantos detalhes da mesma forma como nós imaginamos, ou como um autor tende a descrever a obra. Apesar de todos estes fatos, é bem mais fácil alguém escolher assistir ao filme do que ler ao livro, em foco disso tudo, do terror.
Não é culpa de ninguém, mas a partir do ponto em que a maioria dos humanos desenvolve muito mais os sentidos de visão e audição do que a própria imaginação, é óbvio que um gênero totalmente baseado em sensações extremas é muito mais bem explorado com gritos, músicas tensas, visões agoniantes, jumpscares, sonoplastias frias.
Então, a leitura é bem mais simplista do que uma visão precisa e direta das coisas que os protagonistas estão presenciando. Então, como tornar a leitura um pouco mais imersiva? Explicar que filmes de terror são muito mais assustadores do que livro é simples, mas, por que nos sentimos assim? Por que não sentimos tanto medo com o terror literário, ou, por que algumas pessoas o sentem mais do que outras? Esse artigo vai tentar tirar algumas das tuas dúvidas.
Se depare com a seguinte situação: Você está procurando livros de terror e algumas resenhas pra escolher uma boa, então, você encontra o seguinte comentário: “Fui tragado pelo terror desolado e insidioso de ‘A cor que caiu do espaço” (Livro por H.P Lovecraft), feito por Stephen King. No entusiasmo do momento, você ou alguma outra pessoa deve pensar: “Nossa, se o rei do terror Stephen King sentiu medo com esse livro, eu acho que vou me assustar pra caralho”. Então você compra o livro no impulso do momento, lê a obra como se estivesse devorando a última ceia da sua vida, e no fim... É terrível
Sim, isso já aconteceu com um amigo meu. E eu te juro de pés juntos que o grande King não tem um gosto podre, nem que Lovecraft é um escritor ruim (muito pelo contrário), mas esse é o melhor caso que posso introduzir esse artigo. Ninguém sente as coisas da mesma forma que o outro, a mente humana é muito comparativa, comparar momentos e sentimentos é o que torna a imaginação muito mais poderosa, quem sabe nesse caso em específico, o Rei do Terror possuía muitos momentos semelhantes ao descritos na obra e viveu emoções parecidas? Lembrando fatos do passado que acabaram tornando tudo MUITO imersivo. E, de fato, Stephen King viveu em uma época muito mais próxima da publicação da obra, então alguns fatos ainda eram muito mais presentes do que para um jovem do século 21...
De qualquer forma, a mente humana tende a comparar muitos momentos, por isso é difícil ser original, começar uma ideia revolucionária do zero. Com filmes de terror, você não precisa criar a comparação, você tem uma ideia instantânea e precisa das coisas que estão acontecendo, com os livros, você precisa remoer o máximo possível essa desgraça de cérebro, criando emoções o mais fiéis possíveis aos momentos, a questão é, que muitas vezes nós baseamos os personagens em situações e coisas que nós vemos no dia a dia, pessoas, atores, lugares e momentos que temos convivência.
A fuga dessa “falta de precisão” pode ser resolvida, de forma infeliz, parcialmente. Caso queira dar credibilidade a leitura, procure ingressar de forma imersiva. Em um conto narrado no meio da floresta, procure colocar sons habituais do lugar (E não me venha com essa de “Ah, é muito trabalho”, há inúmeros canais do Youtube que disponibilizam conteúdos como esse, sons de chuva, sons de floresta, sons da casa da vó. TUDO), tente criar um padrão para o personagem que está sendo abordado, pesquisar por aí uma boa forma de retratá-lo. Coisas assim dão veracidade para o sentimento que tu vais viver no momento.
(Te juro, pesquise por aí um personagem que seja semelhante ao da obra, ou investigue fanfics ou qualquer outro conteúdo de fãs, isso poupa tua mente de ficar imaginando e recriando um bom personagem todo santo momento da sua vida. Crie esse padrão. A única coisa que agradeço nos filmes do Maze Runner foi por terem me dado uma base de como imaginar os personagens).
Você poderia ser a pessoa que lê “It: A coisa” e fala “Hm, interessante”, ou pode ser a garota que entrou em depressão após terminar suas páginas, pelo fato de muitas coisas que ela leu se assemelhavam a perturbadores momentos de sua vida. Sem entrar em detalhes ou expor sua vida, todos sabemos que Stephen King nunca maneirou em demonstrar cenas de abusos dentro de seus enredos, coisas assim são medos infelizmente reais que acontecem diariamente, mesmo sem ter experiências com palhaços, demônios, bruxas; Medos mais realistas (infelizmente realistas) são comumente abordados em filmes de terror. Abusos, bullying, violência. Já percebeu isso? É normal alguns enredos de terror fantasiosos também abordarem coisas assim, de fato, talvez não seja tão intencional quanto eu falo, mas a partir do momento em que você aborda medos muito mais comuns do cotidiano das pessoas, elas entram com mais altruísmo na abordagem dos personagens e consequentemente se tornam mais sensíveis às cenas.
Infelizmente, nunca tive tantas proximidades em um livro de terror, mas as experiências sempre são bem-vindas. Leia as partes que ocorrem durante o dia no mesmo horário, leia as páginas que retratam a noite no horário adequado, entre nessa atmosfera. Dá um pouco mais de trabalho? Sim, mas é muito melhor do que ler um livro e catalogá-lo como “Uma grande bosta”. Esse exercício de rotina fica muito prazeroso quando da resultados, posso te dar a confirmação disso, mas se você tenta e mesmo assim não se sente melhor com a leitura, largue o quanto antes, pelo menos você tentou, mas ninguém vai fazer mágica.
De todas as formas, o altruísmo, tentar se colocar de todas as formas no lugar do personagem e das vivências dele, são pontos fundamentais de todas as narrativas, independentemente do gênero abordado. Praticar essa forma de empatia fantasiosa é uma perfeita abordagem para ingressar com tudo neste universo. E claro, não é atoa que pessoas se apaixonam por personagens de livros quando entram até demais no processo da rotina ou no altruísmo de viver aquele universo e personagem, para depois notar que aquilo tudo é ficção e seu amor não existe.
Sim, é triste, mas eu precisava te acordar sobre isso.
Quando eu li essa HQ eu fiquei extremamente agoniado, mas não de uma forma ruim, realmente me ingressei um pouco na história. O grande ponto forte que eu percebi no decorrer da história, foi o fato de que a sucessão de cenas era incrivelmente rápida, os fatos aconteciam sem dar um tempo para o leitor respirar. Era tudo muito corrido e muito preciso ao mesmo tempo, eu fiquei em muitas sensações com o sentimento de “Vamos com calma, por favor”. A Euforia aborda isso muito bem, quando você não da trégua para o leitor se recuperar, você cria cenas corriqueiras extremamente agoniantes que o protagonista não consegue se recuperar, muito menos quem está lendo, e assim vai indo até chegar num ponto que você já está desesperado, junto com os personagens, para que aquilo acabe. Você se sente angustiado em ver aquelas merdas inteiras acontecendo, uma atrás da outra.
E no final, isso é extremamente agoniante para todo mundo, mas isso te faz ingressar da mesma forma, o grande problema é que tudo isso precisa ser abordado da forma certa, para não deixar tudo sem sentido, sem seguir um enredo ou sem tornar exagerado demais. Precisa ser corriqueiro, mas de forma natural. Igual tua vida cotidiana.
Não é culpa de ninguém, mas a partir do ponto em que a maioria dos humanos desenvolve muito mais os sentidos de visão e audição do que a própria imaginação, é óbvio que um gênero totalmente baseado em sensações extremas é muito mais bem explorado com gritos, músicas tensas, visões agoniantes, jumpscares, sonoplastias frias.
Então, a leitura é bem mais simplista do que uma visão precisa e direta das coisas que os protagonistas estão presenciando. Então, como tornar a leitura um pouco mais imersiva? Explicar que filmes de terror são muito mais assustadores do que livro é simples, mas, por que nos sentimos assim? Por que não sentimos tanto medo com o terror literário, ou, por que algumas pessoas o sentem mais do que outras? Esse artigo vai tentar tirar algumas das tuas dúvidas.
Mente Comparativa.
Sim, isso já aconteceu com um amigo meu. E eu te juro de pés juntos que o grande King não tem um gosto podre, nem que Lovecraft é um escritor ruim (muito pelo contrário), mas esse é o melhor caso que posso introduzir esse artigo. Ninguém sente as coisas da mesma forma que o outro, a mente humana é muito comparativa, comparar momentos e sentimentos é o que torna a imaginação muito mais poderosa, quem sabe nesse caso em específico, o Rei do Terror possuía muitos momentos semelhantes ao descritos na obra e viveu emoções parecidas? Lembrando fatos do passado que acabaram tornando tudo MUITO imersivo. E, de fato, Stephen King viveu em uma época muito mais próxima da publicação da obra, então alguns fatos ainda eram muito mais presentes do que para um jovem do século 21...
De qualquer forma, a mente humana tende a comparar muitos momentos, por isso é difícil ser original, começar uma ideia revolucionária do zero. Com filmes de terror, você não precisa criar a comparação, você tem uma ideia instantânea e precisa das coisas que estão acontecendo, com os livros, você precisa remoer o máximo possível essa desgraça de cérebro, criando emoções o mais fiéis possíveis aos momentos, a questão é, que muitas vezes nós baseamos os personagens em situações e coisas que nós vemos no dia a dia, pessoas, atores, lugares e momentos que temos convivência.
A fuga dessa “falta de precisão” pode ser resolvida, de forma infeliz, parcialmente. Caso queira dar credibilidade a leitura, procure ingressar de forma imersiva. Em um conto narrado no meio da floresta, procure colocar sons habituais do lugar (E não me venha com essa de “Ah, é muito trabalho”, há inúmeros canais do Youtube que disponibilizam conteúdos como esse, sons de chuva, sons de floresta, sons da casa da vó. TUDO), tente criar um padrão para o personagem que está sendo abordado, pesquisar por aí uma boa forma de retratá-lo. Coisas assim dão veracidade para o sentimento que tu vais viver no momento.
(Te juro, pesquise por aí um personagem que seja semelhante ao da obra, ou investigue fanfics ou qualquer outro conteúdo de fãs, isso poupa tua mente de ficar imaginando e recriando um bom personagem todo santo momento da sua vida. Crie esse padrão. A única coisa que agradeço nos filmes do Maze Runner foi por terem me dado uma base de como imaginar os personagens).
Experiências de Vida.
No mesmo engajamento de uma mente comparativa, e que não foge muito disso, é fato que todas as tuas experiências de vida entram no processo de criação de memórias também. Você pode ser a pessoa que lê um livro e chora todas as páginas, ou a pessoa que lê e fala “É... Podia ser melhor”.Você poderia ser a pessoa que lê “It: A coisa” e fala “Hm, interessante”, ou pode ser a garota que entrou em depressão após terminar suas páginas, pelo fato de muitas coisas que ela leu se assemelhavam a perturbadores momentos de sua vida. Sem entrar em detalhes ou expor sua vida, todos sabemos que Stephen King nunca maneirou em demonstrar cenas de abusos dentro de seus enredos, coisas assim são medos infelizmente reais que acontecem diariamente, mesmo sem ter experiências com palhaços, demônios, bruxas; Medos mais realistas (infelizmente realistas) são comumente abordados em filmes de terror. Abusos, bullying, violência. Já percebeu isso? É normal alguns enredos de terror fantasiosos também abordarem coisas assim, de fato, talvez não seja tão intencional quanto eu falo, mas a partir do momento em que você aborda medos muito mais comuns do cotidiano das pessoas, elas entram com mais altruísmo na abordagem dos personagens e consequentemente se tornam mais sensíveis às cenas.
Livro Espelho.
Sabe quando você convive com uma pessoa e começa a pegar manias estranhas dela? Começa a tomar mais café do que era habitual a você, usar gírias que você achava uma completa desgraça. Bom, você acaba puxando manias de tudo que acaba convivendo, por que você não faz o mesmo com os livros? Uma das melhores experiências da minha vida foi tentar seguir o passo a passo de um personagem, sua rotina. (Óbvio, eu não viajei os Estados Unidos inteiro quando li Deuses Americanos, nem fui para o inferno lendo A Divina Comédia). Comecei a dar uma chance para o chá, comecei a tentar enxergar as coisas da mesma forma, ouvir as músicas que o personagem escutava, no fim, me sentia totalmente próximo da história que chorava nas páginas finais percebendo que aquilo estava acabando.Infelizmente, nunca tive tantas proximidades em um livro de terror, mas as experiências sempre são bem-vindas. Leia as partes que ocorrem durante o dia no mesmo horário, leia as páginas que retratam a noite no horário adequado, entre nessa atmosfera. Dá um pouco mais de trabalho? Sim, mas é muito melhor do que ler um livro e catalogá-lo como “Uma grande bosta”. Esse exercício de rotina fica muito prazeroso quando da resultados, posso te dar a confirmação disso, mas se você tenta e mesmo assim não se sente melhor com a leitura, largue o quanto antes, pelo menos você tentou, mas ninguém vai fazer mágica.
De todas as formas, o altruísmo, tentar se colocar de todas as formas no lugar do personagem e das vivências dele, são pontos fundamentais de todas as narrativas, independentemente do gênero abordado. Praticar essa forma de empatia fantasiosa é uma perfeita abordagem para ingressar com tudo neste universo. E claro, não é atoa que pessoas se apaixonam por personagens de livros quando entram até demais no processo da rotina ou no altruísmo de viver aquele universo e personagem, para depois notar que aquilo tudo é ficção e seu amor não existe.
Sim, é triste, mas eu precisava te acordar sobre isso.
Barreira do Medo.
Olhe a seguinte imagem
Tentei fazer uma simples representação de uma coisa que fica um pouco evidente em leituras. O sentimento de medo é camuflado, ele é extremamente barrado por algumas outras coisas que você sente e geralmente ele vêm acompanhado de algumas outras sensações. É muito mais fácil você entrar na barreira do medo, ingressar nesse sentimento, quando você acaba se deparando com outras sensações. Agonia, nojo, raiva, ansiedade, angústia. Remoer esses sentimentos te fazem ingressar novamente num ciclo mais poderoso do medo, e assim por diante. A maioria dos livros abordam essa angustia, assim como os filmes, de remoer uma cena ao máximo, criar uma tensão gigantesca antes de acontecer o dilúvio apavorante das cenas de grande potencial. Então, não pule e renegue esses sentimentos, ingresse neles também, os aceite.Precisão x Euforia .
Para finalizar esse ensaio, eu queria colocar uma rápida comparação entre tipos de escrita que eu acabei me deparando e que acabaram trazendo sensações totalmente diferentes para o momento.Precisão ou Detalhamento.
Há inúmeros livros que passam páginas e páginas remoendo e descrevendo cenários, na real, alguma vezes isto se torna maçante, outras vezes isso se torna um paraíso para um leitor que finalmente entende perfeitamente o ambiente em que aquilo está acontecendo. De qualquer forma, é bem possível passar uma página inteira e se deparar que o autor ainda está detalhando a desgraça de uma escrivaninha ou uma pessoa. A questão é, o abuso desse elemento pode ser, dependendo do momento, extremamente benéfico. Descrever uma cena horrenda, levando o leitor aos mínimos detalhes, explorando a sua angústia sem piedade, remoer aquele sentimento pelo maior tempo possível, causando um pensamento de “Eu não vejo a hora que isso acabe” para cima de quem está lendo. Tudo isso, todos esses fatos se tornam prazerosos para um escritor. Porque coisas assim indicam que o caminho está sendo cumprido passo a passo, o desejo de que aquilo acabe é algo compartilhado entre o leitor e o protagonista, e não, nenhum deles conseguem mudar o rumo da história ou a triste tragédia que está acontecendo.
O detalhamento preciso é algo que torna a escrita extremamente rica, cria uma precisão do universo que é extremamente prazerosa para os leitores e para os escritores. Mas, infelizmente, nem todos conseguem abordar da mesma forma, tornando esse passo a passo algo aborrecido e sem necessidade.Euforia.
Da mesma forma que a abordagem do detalhamento tem que ser usada de forma certa, a Euforia é outra coisa que pode levar um livro à sua obra prima, ou ao completo caos. Vou dar o melhor exemplo que posso: Wytches.Quando eu li essa HQ eu fiquei extremamente agoniado, mas não de uma forma ruim, realmente me ingressei um pouco na história. O grande ponto forte que eu percebi no decorrer da história, foi o fato de que a sucessão de cenas era incrivelmente rápida, os fatos aconteciam sem dar um tempo para o leitor respirar. Era tudo muito corrido e muito preciso ao mesmo tempo, eu fiquei em muitas sensações com o sentimento de “Vamos com calma, por favor”. A Euforia aborda isso muito bem, quando você não da trégua para o leitor se recuperar, você cria cenas corriqueiras extremamente agoniantes que o protagonista não consegue se recuperar, muito menos quem está lendo, e assim vai indo até chegar num ponto que você já está desesperado, junto com os personagens, para que aquilo acabe. Você se sente angustiado em ver aquelas merdas inteiras acontecendo, uma atrás da outra.
E no final, isso é extremamente agoniante para todo mundo, mas isso te faz ingressar da mesma forma, o grande problema é que tudo isso precisa ser abordado da forma certa, para não deixar tudo sem sentido, sem seguir um enredo ou sem tornar exagerado demais. Precisa ser corriqueiro, mas de forma natural. Igual tua vida cotidiana.
Considerações Finais.
Enfim, acho que isso era tudo que eu podia falar, os motivos de que algumas pessoas não se sentem tão à vontade lendo contos de terror, ou o fato que muitos podem dar errado ou não serem tão gratificantes e bons. Eu mesmo conto: de todos os contos que já tentei escrever, a abordagem de terror foi o mais difícil, eu tentei e tentei inúmeras vezes, mas depois de muitas tentativas eu só consegui tirar uma ou outra cena que realmente retratava o medo, ou que retratava a angústia. De qualquer forma, espero que você tenha gostado e que saiba que o seu feedback é muito importante para mim, aqui embaixo estarão algumas notas minhas, descrevendo algumas coisas que percebi durante minha jornada por páginas de alguns livros. Qualquer erro, me avise, ficarei extremamente grato por isso e eu colocarei você num espacinho no fundo do meu coração. E lembre-se, uma leitura só vai se tornar extremamente gratificante quando você está disposto a sentir ela com unhas e dentes, e tudo isso vai depender estritamente de você e só de você, não recuse seu sentimentos e muito menos suas oportunidades, faça tudo uma atividade prazerosa, não forçada.Nota do Autor:
Quando li a HQ “Wytches” de Scott Snyder e ilustrada pelo Jock, em uma das notas do autor (sério, leiam as notas do autor, elas podem explicar muito sobre como as coisas surgiram, ou o sentimento que elas podem transmitir), ele dizia alguma coisa assim: “Quando meu filho era menor, eu não via a hora dele crescer e parar de ter medo de coisas como a Fada do Dente, o Bicho Papão, etc. O problema é que quando ele cresceu, começou a ter medo de problemas diferentes, atiradores de escola, violência... Coisas assim. E naquele momento eu queria que ele voltasse a ser criança de novo”.
Essa citação me tocou profundamente, porque é fato, quando nós somos pequenos sentimos medo de muitas coisas “irreais”, nossos pais podem nos proteger como se fossem os melhores guerreiros do reino, os melhores lutadores e soldados, mas quando nos deparamos com problemas REAIS, realmente problemas, graves e letais, não há muitas coisas que os pais possam fazer nesse momento, pode acontecer a qualquer segundo, em qualquer lugar. E ali, naquele momento, a gente percebe que independente de todo o esforço, coisas fora do nosso controle podem acontecer independentemente das nossas ações.
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