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Mostrando postagens de 2023

kaue

talvez seja de mim para eu o maior caos já criado em mim eu já sei, sobre tudo que falei tudo é parte de mim, escritos ta bom, eu já sei, sei muito bem, até demais que as coisas não estão como pensamos que os versos desse livro não são os melhores eles perderam a métrica ,tal como a vida já perdi muita coisa, espero não perder você espero porque eu sei o que sinto, só não sei não sei muito bem como expressar e resolver cada peça do quebra cabeça, quebro outras eu sou bem egoísta, talvez quem sabe querer ter tudo e ficar sem querer nada só que parecia muito, muito mais fácil cicatrizar o que nunca corta

eu também

é eu também

Para onde foram os canivetes?

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          O ano é 2014 e a internet ainda está repleta dos Emos, Cosplayers, Otakus (não que hoje não os tenha). O Facebook era a rede social mais usada, o Minecraft estava em todos os cantos da Internet, o Youtube era um palco em descobrimento.. As políticas eram diferentes, as pautas eram outras e o universo se movia de forma estranha. Havia, entretanto, um nicho específico na internet, que transpassa as subculturas nomeadas acima, as piadas com a automutilação . Era frequente, em grandes grupos, a ridicularização de jovens (normalmente inseridos entre 12 a 18 anos, do sexo feminino, introvertidas, principalmente no ensino médio), a assimilação do isolamento, a má compreensão da depressão no convívio social, a ainda não madura, mas germinante, discussão sobre sociabilidade no meio educativo, isolavam garotas e garotos que cortavam os pulsos em um grupo de “dramáticos”, “emos”, “tristes”, “isolados”, “mal comidos”, entre demais formas ofensivas. Era um “me...

O único caminho

Desistir, às vezes, é o melhor caminho [ou talvez o único]. Se permita, vez ou outra: Fracassar. Desistir. O mundo é igualmente real aos teus sentimentos - não há melhor ou pior nessa situação - o que você sente, existe, tanto quanto o que existe é sentido por você. Cada história de vida permitiu, Um romance inacabado. Uma demissão desconfortável. Um trabalho sem sentido. Um amigo ausente. Um sonho inalcançável. Uma despedida não-dita. Um acontecimento distante. Um colega falecido. Um filme sem continuação Um livro manchado. Uma carta sem destino. Um sexo de desprazer. Uma noite mal dormida. Um jantar que esfriou. Um ponto de encontro esquecido. Um beijo não feito. Um quebra cabeça que faltou uma peça. Alguns olham para a lista e vêem como um checklist, outros parecem evitá-la, o grande segredo não é nem um, nem outro, mas vivê-los, caso ocorram, com intensidade, sobretudo viver não apenas esperando que ocorram. Saber quando desistir, saber quando seguir, saber quando segurar com força...

Complicado

Falar sobre isso é complicado. Falar sobre tudo é complicado. Falar qualquer coisa já é bem complicado por si. Falar é complicado. Ando pensando que tem tanta coisa guardada no peito, de uma raiva explosiva, que somente um divã na análise não é suficiente, levaria meu analista à força e provavelmente seu consultório à combustão. Espantei-me como não tinha me espantado já há décadas, o medo de perder se materializou em minha frente, não tive saudades e já não o via há pelo menos uma década. Culpa minha, que herdei de minha família a genética do “não-medo-da-morte”, que já não sei em que cromossomo se localiza, mas com certeza veio de algum erro genético, pois é inatural e insalubre até para mim. Tive medo de perdê-lo uma vez e agora o medo está de mãos dadas comigo andando nas ruas, nas palavras e nos trechos falando “Está tudo bem com a minha presença por aqui, é normal”. E puta merda! É natural mesmo! Minha ansiedade perdeu as contas de quantas paranóias inventou nestas últimas 168 ho...

mofado

abafar o medo Chorar um pouco  um solo de guitarra  Menos um problema Um lampejo do lado de fora Uma vontade  Um trem  De gotas de água  Vem chegando na estação  Mofando um pouco Estantes de livros De sentimentos  que precisam da faxina E do secador de cabelo  Lampejos  Do lado de dentro  Podem cegar Quem olhar direto um solo de guitarra Numa noite solitária Já tornou madrugadas Perigosas Para apaixonados Oh pare este poema Antes do solo acabar

muito menos

muito menos chuva lá fora do que aqui dentro Uma enchente De sentimentos  O vale está inundado É não vale meu desespero muito menos chuva lá fora  Do que aqui dentro  Quero viver  E voar um pouco me afogar  Um pouco  Nessa maré  De sentimentos  Inundado  Um pouco  Nesse contratempo por favor aqui dentro  tem muito muito muito mais chuva  do que lá fora 

insignificante

Os sentimentos são Insignificantes As cartas de amor são Gritantes Os sentidos são  Significantes  Os nomes são  Insignificantes  Me sinto tão Insignificante  A vida é  Insignificante Palavras são Marcantes Os corredores são Sufocantes Os ouvidos são Congelantes E me sinto tão Insignificante