Eu apenas fui um sonho ruim.
Rasga minha carne e risca minha pele dizer isso, mas sim, eu fui o pior de mim e, infelizmente, o meu maior demônio sou eu mesmo, não posso destruí-lo, ele sabe como colar os fragmentos. Por muito tempo cai em minha própria apatia, roguei pelas minhas dores, em vão, chorei e tenho os relatos marcados de minhas lágrimas, gritei e tenho os ecos de meus lamentos, sinfonias. Desligue a luz. Apague todos os nossos feitos, seja igual a mim, um eterno poeta pessimista, fadado a morte, ao existencialismo que preenche minhas veias, o absurdismo de estar vivo. Eu fui apenas um sonho ruim. E bem sabe você de todos os meus pecados, de ser cego pelo egoísmo, pelo desejo de melhorar, da angústia e do medo de dar o primeiro passo e conservar o conforto. Desculpe, desculpe por tudo, por toda página queimada, pelos capítulos consumidos, pelas palavras vazias, assim ...